No som da viola
É hoje que a terra treme é hoje que a pedra rola
Este é o som da minha terra cheguei no som da viola!
Não sei de vim pra ensinar ou se vim pra aprender
Eu sou pimenta nos olhos daquele que não quer ver;
Quem bateu tem que apanhar, quem matou tem que morrer
Covarde morre gritando, o valente sem gemer!
Sem sangue não tem chouriço, sem luta não tem vitória
É preciso muita garra pra subir os degraus da glória
Como farofa e areia, dou a mão à palmatória
Se um dia ver um covarde que fez bonito na história.
Urutu de cruz na testa vê a morte mas não corre
Vai de encontro com fogo, dando bote ela morre;
Homem que apanha calado, ele pra mim não nasceu;
Homem que tombou na luta é um herói que não morreu.
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Sangue Novo
Tem sangue novo na praça caipira se
sente honrado
A viola e o violeiro vão muito bem
Obrigado
Vou entrar nessa jogada eu não entro
prá perder
Sou sangue novo na praça
acostumado a bater
Vou bater só na cangaia pro burro
Compreender
Quem apostou na derrota de ver a
Vida morrer
Hoje foge igual coelho e vai voltar de
joelho
Se quiser sobreviver
Tem sangue novo na praça caipira se
sente honrado
A viola e o violeiro vão muito bem
Obrigado
Disse o falso sertanejo que a viola já
era
Os amigos da panela se fecharam
Numa esfera
Sem a benção da viola nenhuma
moda prospera
Nasce fraca no inverno e morre na
primavera
Nosso abraço á juventude a viola
vem com saúde
Parabéns ás novas feras
Tem sangue novo na praça caipira se
sente honrado
A viola e o violeiro vão muito bem
Obrigado
A viola está voltando já disse o irmão
Galvan
Prá mim ela nunca foi continua
campeã
Valeu nosso sacrifício essa luta de
titã
Juventude esclarecida de mente
aberta e sã
Abraçou nossa bandeira nova classe
violeira
Ta seguro o amanhã
Tem sangue novo na praça caipira se
sente honrado
A viola e o violeiro vão muito bem
Obrigado
E hoje por onde eu passo sempre
encontro violeiro
Com menos de trinta anos imitando
Tião Carreiro
Cantando e tocando viola quase
sempre pagodeiro
Ergue a espada e segue os passos
do nosso grande guerreiro
Que tombou mas não morreu
semente cresceu
Descansa em paz companheiro
Tem sangue novo na praça caipira se
sente honrado
A viola e o violeiro vão muito bem
Obrigado
Tem sangue novo na praça