Velha palhoça
Lá na beira da estrada
Vive triste, abandonada
Por não ter mais morador
Cada detalhe
Tem uma história infinita
Da cabocla mais bonita
Que nesse lugar morou
Essa tapera
Cercada pela tristeza
Já foi a maior riqueza
Do caboclo do sertão
Até os esteios
Corroídos pelo tempo
Assistiu doces momentos
De uma grande paixão
Até o jardim
De várias flores coloridas
Pé de cravo e margarida
Que junto o casal plantou
Só resta o pé
De rosa branca murcha e triste
Hoje nada mais existe
Só recordação ficou
Pobre caboclo
Ao ver tudo destruído
Seus planos interrompidos
Sua mágoa Deus levou
Mas nossa sorte
Só o destino determina
Cada um tem sua sina
Dada pelo Criador