Quando a chuva cai sobre os meus ombros
Eu sou como uma estátua de sal
Dissolvendo a cada gota que desliza
Pelas ruas dos romances ideais
E me sinto ser aquela só janela
Que embaça quando ela me faz lembrar de ti
Nós que fomos sempre tão amantes
Nos coramos os semblantes e nem o suor nos distrai
Temos alma fake de cinema
Mas não nos traz problema
Quando a cena acaba não se volta atrás
E tem dias que eu me sinto invisível
Pois o amor que cabe em mim não te é cabível
Se me sinto tão mulher quando homem sou
Não há sexo que refaça o que restou
Quando o amor assim invade
Eu me visto de saudade
Feliz é quem vive triste, pois só crê no que inexiste
Então, fica bem porque se esquece de ser