É presidente hoje vc ta do outro lado,
Provando do próprio veneno do maldito fel amargo
Vc não me conhece pq não desce na favela
Seu jatinho nao pousa entre becos e vielas
Arrependa - se vai de todos seus pecados
Mesmo que não traga a vida,dos meus manos enterrados
Ou entubados por violência de incompetência policial
Agredidos brutalmente em protesto social
Liberdade de expressão ah, só na constituição
Agora segue minhas leis, e sobreviva a lei do cão
Cade seus discípulos? Seus seguidores do morticínio?
Que vê pobre morrendo de fome enquanto come caviar sorrindo
Hoje o prato da favela vai ser a carne podre
Rodízio de safado, carrossel de enxofre
Suas promessas agora vão pesar na balança
As que não foram cumpridas só nos deixou na esperança
Você escreveu na lei, somos todos iguais
Vou escrever na sua carne aqui é jogos mortais
Multiplica seus lucros com a calculadora
Multiplico seu sangue jorrando pela sua boca
Por 4 anos milhões de vidas, em suas mãos
Hoje é ela que te livra da podridão de um caixão
A balança ta no jogo pra ficar equilibrada
Vc compete com a favela, onde vai ter mais carne assada? Haha
Mutilada em pedaços e nem assim vai se salvar
O cilindro arranca a língua de quem só sabe falar
Seus braços pesam na balança, lembra dos trabalhadores?
Sobrevivendo com um salário, carregando seus temores
Suas pernas atropeladas por mais de uma tonelada
Lembra da nossa corrida por comida, e nenhuma medalha?
O que restou pra vc e o que restou pra nos
Só um pais atrasado sobreviventes do algoz
Vou te levar pro hospital preencher sua ficha no sus
Enquanto apodrece, infecção, a morte te induz
Ta desesperada, ah esse jogo é pra adulto
Talves sinta o que é agonizar debaixo de um viaduto
Gira a roleta, quem é o próximo da nossa busca
Engravatado egocêntrico, pra sofrer nossas torturas
Não adianta se esconder, bandido filha da puta
Nossas vidas em suas mãos ou é vc na sepultura?
Composição: Natasha Kula