Refrão
Vivo o meu dilema, longe dos problemas
Jesus que nos proteja, são ossos do hospício
Sigo no mesmo esquema, bem longe do sistema
Trabalho com o que amo, o rap é compromisso
Aqui são ossos do ofício, aqui são ossos do hospício
Batalhando desde o início, lutei por cada indício
Que é rap minha saída, taquei em cada linha
Barba branca faço o hino da minha vida
Assim, magrin com vício, notas fluentes no rio
Abstraio no que sinto e absinto na minha mente
E de repente os pensamentos tomam conta
Do meu cérebro, a propósito eu relembro sanatório
Em momentos
Quero um tempo só pra nep, minhas letras meu empenho
Sou maluco, sequelado mas pra mim eu sou um gênio
Sigo com camisa de força, não atrasa o nosso tempo
Eu tô correndo pelo mesmo motivo, o tempo inteiro
Atrasado no tormento
eu tô correndo são ossos do hospício
O meu ofício eu tô vivendo aqui no rio, tá difícil
Nos problemas que eu vivo, eu tô suado esquivando
No talento, eu tô lutando viciado nos meus planos
Caçando um bom lugar pros meus planos, um canto
La no estúdio eu sonhei tanto rezando pro santo
Relembrando do momento que eu ficava sentado
Em casa esperando... êê eu acordei, eu tô vivo
É a nep no comando, um vício parece um tanto
Esquisito, eu sinto um hospício, somos loucos
Um sentido, meus amigos estão comigo
Uma bomba na cabeça dos critico, uma bomba na
Cabeça dos político, uma bomba pra quem pensou
Que eu não fosse viver disso, seu fodido!
Eu me espanto pelos cantos, sentado num canto
De um quarto, no escuro pela fresta na janela
Uma luz é o bastante pra ver o espanto respirando
Fundo, e o relógio parado, minhas veias pulsando
Ó santo pai me vigiando, a todo momento eu escuto
Os moleque cantando, é a nep chegando pesadelo
Aumentando, eu não paro mano, reparo que tem muito
Olho grande invejando meu trabalho, sou mais um louco
Formando um sanatório, formulando pensamentos
Dos pisaicos, assino embaixo se é pra dar de maluco
Vambora esse quarto me sufoca, é assim eu solto
Toda minha revolta, é a nep perigo entre notas, e as
Bases da hora, só cola pra somar, se não é cai fora
O mano me incomoda, mas não vai controlar meu vício
São ossos do hospício
Refrão
Vivo o meu dilema, longe dos problemas
Jesus que nos proteja, são ossos do hospício
Sigo no mesmo esquema, bem longe do sistema
Trabalho com o que amo, o rap é compromisso
É a risada da hiena, anunciando o problema
Com os amigos da nep eu enfrento tudo isso
E que se foda o sistema, nos invade ipanema
Northclan é foda, e geral sabe disso
Que pro rap é compromisso, eu tô armado com a
Verdade, demagogia é cobrada em cada canto da
Cidade, direto do suburbio lutando por igualdade
É o certo pelo certo, paz, justiça e liberdade, mas
tá difícil de encontrar por aqui, apesar de tudo nunca
Vou desistir, olho pra tras e vejo tudo que já venci, o
Motivo pra chorar é bem menor que pra sorrir