A Deusa da minha rua
Tem os olhos onde a lua
Costuma se embriagar
Nos seus olhos, eu suponho
Que o sol num doirado sonho
Vai claridade buscar...
Minha rua é sem graça
Mas quando por ela passa
Seu vulto que me seduz...
A ruazinha modesta
É uma paisagem de festa
É uma cascata de luz...
Na rua uma poça d'água
Espelhos da minha mágoa
Transporta o céu para o chão...
Tal qual o chão da minha vida
A minh'alma comovida
O meu pobre coração...
Espelhos da minha mágoa
Meus olhos são poças d'água
Sonhando com seu olhar...
Ela é tão rica e eu tão pobre
Eu sou plebeu e ela é nobre
Não vale a pena sonhar...
Espelhos da minha mágoa
Meus olhos são poças d'água
Sonhando com seu olhar...
Ela é tão rica e eu tão pobre
Eu sou plebeu e ela é nobre
Não vale a pena sonhar...
Composição: Newton Teixeira e Jorge Faraj