Ouviram das favelas, a beira das cidades
De um povo escravizado, um grito relutantes
E o sol da injustiça, em raios fúlgidos
Brilha no céu desta patria, a todo instante
Se os senhores dessa desigualdade
Conseguiram tudo com seus braços fortes
É em teu seio, oh igualdade!
Que amamentamos a força de liberdade
Deitado eternamente em becos esplêndidos
Ao som de um revover, à luz de um submundo
Fulguras, oh Brasil, no porão da América
Amarrado por dívidas ao primeiro mundo
Se os senhores dessa desigualdade
Conseguiram tudo com seus braços fortes
É em teu seio, oh igualdade!
Que amamentamos a força de liberdade
País de fome intensa, um quasro vívido
Roubos vívios e contrabando, sua terra desce
No teu céu risonho o cruzeiro resplandece
Mas na tua terra chorosa teu povo padece
Se os senhores dessa desigualdade
Conseguiram tudo com seus braços fortes
É em teu seio, oh igualdade!
Que amamentamos a força de liberdade