Refrão
1º de Abril, dia da verdade
povão executado na cara, da sociedade!
Esse fato não se explica, onde já se viu?
Toda hora rajada de militar em civil!
Que trabalhavam todo dia, considerados
Honestamente, assalariados
Mas não sabiam do fim, que tava programado
Nomadi! Não me acovardo
Programado nada, ta ligado geral!
Mais uma chacina na cara-de-pau
Homem, mulher, tinha até criança
Só há tempestade... nunca chega bonança
Corpos espalhados por várias calçadas
Covardia dita a regra em toda Baixada
E se você adivinhar quem é o culpado
Ganha um saco de lavagem, sendo ou não fardado
Largaram o aço, sem compaixão
No infeliz, trabalhador, honesto cidadão
Chefe da família tem sua vida ceifada
E geralmente, não acontece nada
Humilhar a Comunidade é o que mais se faz
Violência policial, cada dia aumenta mais
Não desempenha seu papel, pra população
Abusa do poder, cedendo a corrupção
Matando a sangue frio o povo inocente
Podia ser meu, ou o seu parente
1º de Abril, dia da verdade, povão executado
na cara, da sociedade!
Esse fato não se explica, onde já se viu?
Toda hora rajada de militar em civil!
Dizem por aí que já pegaram uns quatro
Será que a justiça vai ser feita de fato?
Ou ficar, como sempre, tudo no retrato?
Acari e Candelária, 1° e 2° ato!
Até hoje as manchetes trazem o relato
Carnificina na Favela, cidadão pacato
Cavalos corredores derrubando o pato
Vigário dito e feito: O 3º Ato!
Lá também, violência extrema
E os matadores trazem no emblema
A vergonha Carioca de vários policiais
Cada dia que passa, matam mais e mais
Matam no Borel, um Advogado
Na Rocinha um desempregado
No Morro da Mangueira, um Menorzinho
Evangélico no Jacarezinho
Do jeito que tá, parece não ter mais volta
Só faz crescer, nossa revolta
Ver tanta judaria, sem punição
Cabeças vão rolando pra dentro do Batalhão
Refrão
1º de Abril, dia da verdade
povão executado na cara, da sociedade!
Esse fato não se explica, onde já se viu?
Toda hora rajada de militar em civil!
Rafael da Silva Couto, Willian Pereira dos Santos
Agora suas famílias, estão em prantos
José Gomes de Oliveira, foi morto de bobeira
Assim como Luiz Henrique da Silva, e Alessandro Vieira
Elizabeth Soares tomava conta de um bar
E nem deu tempo de se abaixar
Felipe Carlos Soares de Oliveira
Quem matou esse menino merece virar peneira
Douglas Brasil, quatorze anos de idade
Estudava e trabalhava, Deus! Que ato covarde
Bruno da Silva Souza, Jonas de Lima Silva
No coração dos parentes suas imagens estão vivas
Robson Albino, Manoel Domingos Lima
Tomaram dois tiros cada, nessa chacina
Jailton Vieira, morava próximo ao bar
2 reais, era a dívida, tinha ido pagar
Maurício e José Augusto! Mais duas vítimas
desse mundo injusto
César de Souza Penha, trampava de Padeiro
Leonardo da Silva, Dezoito anos! Maneiro
Wagner Oliveira, mais um biscateiro
Fabio Vasconcelos era ladrilheiro
Luis Jorge Barbosa Rodrigues
Dono do Lava à Jato! No chão, vários calibres
Será que quantos mais terão que morrer?
Pra nossa Justiça conseguir prevalecer?
Ou mais uma vez, todo mundo esquecer?
Nunca! Tem Nêgo de olho em Você!