Todos um dia se casam, um dia separam
E em alguns casos, vivem sozinhos
Descompromissados, sem nem dever, nem perder
Todos um dia viajam, mesmo parados
Sentem o ar, batendo no rosto
Sentindo o gosto, da maré que vem
Pra molhar nossos pés
Crescer sem saber o que virá
Fazendo planos pra desmanchar
E nós seguimos sem parar
Catando moedas pra guardar
Juntando alegrias pra aceitar
O dia de amanhã
Você já se escondeu quando esteve frio?
Já tomou mágoas num copo vazio?
Os vento nos leva pra qualquer desculpa
Em qualquer direção
Faço de você a minha a saída
Desse quarto escuro, branco, preto e cinza
Mas eu não queria, mais me prender
Em algo que eu sei que vou perder
Todos querem ser ricos, outros já são
Alguns já não ligam, outros fabricam
Armas de destruição ou salvação?
Todos um dia discutem, fazem as pazes
Criam desastres, pedem perdão
Outros preferem um violão
Pra transcrever o que não se pode entender
Morrer sem saber o que virá
E mesmo assim não se importar
E nós seguimos sem parar
Colecionando sonhos pra
Guardar debaixo do sofá
E esquecer
Você já se escondeu quando esteve frio?
Já tomou mágoas num copo vazio?
Os vento nos leva pra qualquer desculpa
Em qualquer direção
Faço de você a minha a saída
Desse quarto escuro, branco preto e cinza
Mas eu não queria, mais me prender
Em algo que eu sei que vou perder
Alguns são muito velhos pra entender
Outros são jovens pra dizer
Que entendem tudo
Alguns trabalham pra viver
Outros vivem pra lucrar
Outros apenas são felizes por si só
Todos fazem discursos, tão absurdos
Outros preferem, rosto com rosto
Olhar no olho, alma com alma
E pisar no mesmo chão que você
Você já se escondeu quando esteve frio?
Já tomou mágoas num copo vazio?
Os vento nos leva pra qualquer desculpa
Em qualquer direção
Faço de você a minha a saída
Desse quarto escuro, branco preto e cinza
Mas eu não queria, mais me prender
Em algo que eu sei que vou perder