Se você me dissesse o quê fazer eu não saberia
Se te daria a resposta ou se te daria uma mão guia
Encontrou-se em outras coisas
Não precisou dar nenhuma satisfação
Escondeu-se dentro de coisas
Comprometeu sua própria condição
Você a perdeu por horas, espaço indeterminado
Em dias insistentes se manteve sempre calado
Com um papel incorporado
Você assumiu outras milhões de formas
Criando outras alegorias
Criando um novo carnaval bilateral
E quando sempre chega a noite
Você enxerga o quê sobrou?
Te vendo de longe ela sangrou cada gota
Derrubou paredes esmurrando ilusões
Escorreu cada lágrima enquanto você lavava as mãos
Só encontrou paz
Quando resolveu não dar mais paz pra ninguém
E quando sempre chega à noite?
Você se enxerga em qual lado ficou?
E a questão é o ponto de vista
Mas qual é a vista que se enxerga o ponto?