Tudo que eu digo, eu faço. E o que eu faço e penso nem
é bom dizer
E o que eu quero, eu posso. O que eu não posso peço
para esquecer
O que eu tento, eu tento tanto, que tentando tenho
tempo de ter fé que no futuro até terei
Onde ficar, onde gostar, onde poder ou presumir a
solução, onde parir um refrão
Vou ter que ficar afim, vou ter que ouvir um não
Vão ter que aturar a mim sem ter que pedir perdão
Só quero dizer que sei que só digo por puro prazer
Se quem merece fica, eu vou pagar pra ver
Como das uvas, o vinho. Do ruído, a música. Do caos, a
luz
Quanto mais velha, mais volta veludada vida do que me
seduz
Venho de novo ver no velho novo ovo de colombo que tem
pêlo pelo qual eu viverei
Para velar o que é novo e será velho e vai voltar como
vampiro ou boomerang, eu não sei
Eu vivo para ver o fim de quem só nos diz que não
E passam de mão em mão a tocha e o pebolim
Só quero ser um degrau da escada que veio a mim
Por onde suba e desça quem veio de onde eu vim