Dentro do carro, sobre o trevo a cem por hora,
oh! meu amor
Só tens agora os carinhos do motor
E no escritório em que eu trabalho e fico rico
Quanto mais eu multiplico diminui o meu amor
Em cada luz de mercúrio vejo a luz do seu olhar
Passas praças, viadutos,
nem te lembras de voltar
De voltar, de voltar...
No corcovado quem abre os braços sou eu
Copacabana esta semana o mar sou eu
E as borboletas do que fui pousam demais
Por entre as flores do asfalto em que tu vais
(ou: Como é perversa a juventude do meu coração
Que só entende o que é cruel e o que é paixão)
E as paralelas dos pneus n'água das ruas
São duas estradas nuas em que foges do que é teu
No apartamento, oitavo andar, abro a vidraça e grito
Grito quando o carro passa: teu infinito
sou eu, sou eu, sou eu...
No corcovado quem abre os braços sou eu
Copacabana esta semana o mar sou eu
Como é perversa a juventude do meu coração
Que só entende o que é cruel e o que é paixão
(ou: E as borboletas do que fui pousam demais
Por entre as flores do asfalto em que tu vais)
Larauê, nauê, nauê, nauaaaa...