Tu não deves temer quando o azul deste céu se abrir
Tu não deves temer quando o verde da mata fluir
E um anjo branco toca a alma em clarim
E um anjo negro não quer saber mais de mim
Tu não deves temer quando o pó do planeta subir
Tu não deves temer quando o chão começar a ruir
E um anjo negro toca a alma em clarim
E um anjo branco não quer saber mais de mim
A lua de prata
Vira um ponto preto
Não se sobra o brilho da estrela Dalva
O sol bola de fogo
Vira um pingo d’água
Não escapa o riso é o fim da mágoa
Tu não deves temer quando a guerra parar de fluir
Tu não deves temer quando a fita da paz se partir
E um anjo branco toca a alma em clarim
E um anjo negro mostra a bandeira do fim
“ A gente tá só dando um toque. Não existe o centro, tá sabendo? A dor, o amor, a terra, a guerra, o pobre, o nobre... tudo é emprestado. Tudo é por enquanto, não sabe? Certo não é não... muda. Não muda, Paulinho? Tem que mudar... a gente ta só dando um toque. Quem se tocar, se tocou. Quem se toca, se toca....”