Pequeno índio que na mata entrou,
Mas não demorou a voltar
Seus sonhos lhe aconselharam
A longe da mata ficar
Mas quando o sol raiou
O pobre índio chorou
Por tanto tempo longe de sua terra ficar
Só queria sonhar de novo
E ter certeza de que seus sonhos estavam errados
Mas tanto queria que não conseguia
Então um dia,
Sonhou que o céu estava a lhe esperar
Sem nada entender sua saudade
Lhe fez a mata voltar
Vivia feliz, mas sua ansiedade lhe dizia
Havia algo a acontecer...
Por tempos uma tempestade chegou
O céu escureceu
(O sol desapareceu)
A mata tremeu
E foi que o índio entendeu
Não havia ninguém para segurar o céu
Pequeno índio...
Na mata entrou
O seu futuro...
Ele sonhou
Um dia a mata...
Ele voltou
Sua ansiedade...
Lhe dominou
Ianomâmi.Ianomâmi
Ianomâmi.Ianomâmi
Ianomâmi que segura o céu
Ianomâmi que segura o céu
Ianomâmi que segura o céu
Ianomâmi que segura...
Sem medo o bravo índio
Ajoelhou-se ao chão
E do meio do céu veio
Uma enorme flecha de luz, lhe buscar...
Para um dia, poder ao céu segurar