Gente demais, com problemas demais
Tendo filhos demais, Trabalhando pros pais
Sob o sol nos sinais, concorrendo demais,
Disputando esse ar poluído de gás podre nas capitais
Ninguém pode parar, ninguém pode comer,
Sem alguém pra pedir algo,
Quem ganha mais quer ganhar muito mais
E aprende a criar novas regras do seu jogo.
Tem gente programada, que anda em linha reta
Que foge em linha curva, e não respeita a seta
E as ruas cheias de abrigar pessoas,
Que gritam, fedem, choram, sofrem, invisíveis fomes,
E quem é louco de deixar um mundo desses para alguém?
Todos iguais, com problemas iguais,
Tentam ser orientais, perseguindo ideais,
Fúteis, todos atrás, de uma forma ideal,
Pra ficar tudo igual, e poder conversar
Em paz sobre o vulcão, que explodiu no Japão,
E torcer pra no fim de semana rolar praia.
Tem gente prisioneira, tem gente viciada,
Nem ri o tempo todo, nem da resposta errada,
E o jogo continua sem descanso,
Promessas, duvidas, pecado, câncer, auto-ajuda,
E quem é louco de deixar um mundo desses para alguém?
Abre o sinal, segue a vida normal,
Sem parar pra pensar no que existe depois disso.
E é assim que o mundo vai girar
Sem te pedir licença, sem te pedir licença.
Sem te pedir licença, sem te pedir licença.
Eu tenho uma filha.