A verdade é que o bar é do coxinha
Opressor está a vender coxinha
Comida?
Só com moedinha?
Eu passo fome, e você exige quantia?
Olha o meu abdômen, magrinho, que covardia!
Esse estabelecimento comercial
Não cumpre sua função social
É melhor você falir do que eu falecer!
Aprende a repartir, senão você vai ver
Ai, que vilão!
Ai, que vilão!
Ele detém os meios de produção
Olha o fogão!
Tô entrando em cana
Só por causa da máquina de moer cana
Fui depredar, mas ainda funciona
E racista quer me algemar
Só porque tenho ascendência africana
Tá cheio de preconceito, só porque sou preto
Mas eu creio que tenho o meu direito
O portuga
Que me julga
Herdou o negócio do papai
Mas democratizar, que é bom, sozinho, ele não vai
E que ninguém me peça calma
Pois esse branco me deve até alma
E se tive dos meus pais uma péssima criação
A culpa não foi deles, mas sim da escravidão