Pensar que não se vive mais
Tardes e manhãs tão quietas
Saber que não há frio ou sol
Quando a sombra iluminar o outro lado do espelho
Pra quê chorar? O que não faz sentido é deixar transparecer
Quem foi teu par? Cada um de nós é o brinquedo de Alguém
Lembrar do meu primeiro mar
Tão doce era viver sem medo
Quem vai me devolver a paz
Se a imagem que surgiu do outro lado não quis ser
Um tolo a mais, a sublinhar o que já estava em letras garrafais
E não foi capaz de nos contar se ao menos há uma chance de voltar desse lugar?
E quem vai saber o que se esconde além, se há lucidez ou não?
Viver, será à míngua de qualquer razão que possa esclarecer