A gente leva porrada, mas não se cala,
a gente fala, a gente grita, a gente briga,
faz greve de fome, faz protesto e oração.
A história que está aí, inverte a dor
numa coisa sem razão.
Ora seu doutor sobrou esta nação
e olha meu irmão, jogo de cintura,
destino nas mãos, não é fácil não.
*Vilmar Alves
O negro é vida - a vida de negro não é, fácil não
Batalha a vida ? na busca do ôwo kosí, na ilusão
Na esperança de tudo na vida, um dia melhorar
A gente briga
Para um dia o racismo no Brasil, se acabar
Nos enganaram, assinando uma
Maldita lei, que nada serve
E até hoje, desempregado
Na vida o negro prossegue
Prossegue a vida - a vida de negro
Nesta terra é de lascar
E com a cultura e o canto negro
Nós vamos denunciar
Tschá - tschá/tschá ? tschá, tschá
Iêiêiê/iêiêiê - iê - iôiô
Tschá ? tschá/tschá
A liberdade do negro, apesar
De cantada, dançada e versada
Ela não passa do marco teórico
Dessa raça de dominantes
Que sempre na vida ao negro engalobou
A gente briga, para um dia
O negro dizer ? tudo mudou!!!
Tschá - tschá/tschá ? tschá, tschá
Iêiêiê/iêiêiê -iê - iôiô
Tschá ? tschá/tschá