Numa festa de dezembro
No natá, inda me lembro,
Tava tudo a me esperar
E a Teresa uma cabocla,
Que andava de boca em boca,
Me pediu para cantar,
Quando a viola calou-se
A jurar, num beijo doce
Ela disse, eu voltarei,
E eu atrás desta marvada
Fui de quebrada em quebrada
E nunca mais a encontrei.
Companheira é a viola
Que acompanha o que eu quiser
Viola não é como a gente
Que crê em juras de mulher
Para o meu maior tormento,
Fui levado a um casamento
Onde eu tinha que cantar
Cheguei lá, ó que tristeza
Era a cabocla Teresa
Que acabava de casar
Ela estava tão bonita
Toda enfeitada de fita
Que eu da jura me lembrei,
Quis cantar, mais tanta mágoa,
Que meus olhos se encheram d'água
Em vez de cantar, Chorei !!!