Aquele male dito Gato preto
Vem namorar
Na janela do meu barracão
Já escapou dos cachorros e das pedradas
E até altas madrugadas
Não me dá sossego não
O maloqueiro almoçou meu papagaio
Comeu na janta meu canário de estimação
E ainda deixa sua marca registrada
O perfume da sua mijada
E o produto final de sua refeição
Aquele gato maloqueiro
O dia em que ele descuidar
Vai vira couro de cuíca ou de pandeiro
E nas mãos de um batuqueiro
Ele vai aprender a sambar