O que somos e o que cremos que os outros são?
O que cremos que nós somos e os outros serão
Que fazemos, parecemos o que os outros vêem
O que o nosso coração e a nossa alma tem
Se sabemos o que somos porque parecer?
Insistimos tantas vezes no nosso "não ser"
Se vestimos ou falamos uma ilusão
Afinal, o que seremos para o nosso irmão?
Se o pai concede a vida, sei que posso ser
Um caminho uma alegria para quem vier
Mas se olho só o espelho, hei de ser então
O fracasso e a tristeza para a multidão
Ó, meu Deus me dá teu dia pra poder tentar
E também sabedoria pra poder falar
O que sinto quando falas ao meu coração
Mesmo quando ele se perde
Pai, quem sou eu sinceramente?
Sou estrada ou sou corrente?
Sou abismo ou conversão?
Pai, quem sou eu sinceramente?
Se meu coração de gente, erra e pede seu perdão?
Sou palavra de consolo ou sou escravidão?
Sou franqueza necessária ou dissimulação?
Sou degrau que servirá para qualquer irmão?
Ou sou pedra de tropeço que derruba ao chão?
Sou abraço do encontro, lágrima, emoção
Ou o riso de deboche atrás do ancião?
Incompleto que acredita: Deus completo ser
Ou metade da metade do que eu possa ser?
Sou suor e sacrifício com o que Deus me deu
Ou a voz no alto do mundo: tudo será seu?
Sou a cruz de cada dia para se tomar
Ou mais um que escarnece ao ver Jesus passar?
Estrada ou corrente?
O que seremos para o nosso irmão?
Deus concede a vida. peço teu perdão