Meu amor, não quero mais os teus agrados
Venho dar-te para sempre o meu adeus
Não suporto mais a vida a teu lado
Ser boêmio sempre foi os sonhos meus
Eu não posso prosseguir mais nesta vida
Não suporto o silêncio desse lar
Um recanto sem violão e sem bebida
É um inferno que eu não posso suportar
Vou trocar o teu amor pela orgia
Meu destino eu não posso transformar
Sou escravo da sublime melodia
Sou amante das estrelas e o luar
Sempre foste carinhosa e sincera
Mas a boemia me faz te esquecer
Se tenho outras que vivem a minha espera
Eu não posso viver só para você
Em minha ausência todas as ruas vivem tristes
E mesmo a lua me convida pra voltar
Nas madrugadas serenatas não existem
Meus companheiros já não querem mais cantar
Todos pedem que eu volte novamente
Trazer de novo a alegria que morreu
Pra dar conforto e alegrar aquela gente
Só mesmo sendo um boêmio como eu
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)