Não vem
Nada além de uma fé
Lá no peito de alguém
Alguém
Que não parece importar-se
E só diz tudo bem
Se bem
Que ele só tenta
E, por mais que não vença
Insiste em zangar com outrem
É quem
Se olha no espelho
E não vê nada alem
De um vintém
Um trem
Fora do esboço
Um poço onde não cai ninguém
Só tem
A pelo e o osso
E, apesar de formoso
Lamenta por ser muito aquém
Já nem sei
Se a hora é de mudar
(De ferro e fogo pra consolar)
Quem haverá
De tentar me deter
(De fato, eu digo, pago pra ver)
À tua mercê
Eu sei que estou, então
(Embora eu saiba, juro que não)
E pago o pato
Por ser assim tão são
À tua mercê
Eu sei que estou, então
(Embora eu saiba, juro que não)
E pago o pato
Por ser assim tão são
Sigo tão frio
Arredio por saber
Que juro em vão