Sem desviar, sem tocar o chão
Rasgando o ar, vem feito um arpão
A Morte cruza o pasto
E vai levar mais uma alma em teu caçuá...
A Morte:
Vou torná-lo poeira
Alimentar essa terra
Amortizar o que dela tirou
A estrada é longa
Em filas, horas vivas...
Mas se dispersa antes do toque chegar
Zé:
Pai, te livraste desta terra seca enfim
Pai, vai sabendo, foste tudo para mim
Pai, como me ensinaste, agora eu vou andar
Pai, vou lavar meus pés no azul da beira-mar