Tu visse alguém temer sem nem saber do que se trata?
Luz e nasce o medo de quem já foi enganado
Ouvisse alguém dizer de uma culpa abstrata?
De lá são premiadas as verdades do acusado
Alcunha de um poder que representa o que retrata
Colore o impedimento de um gol legitimado
Ah! É cio que perdeu para um namoro que reata
Já ir embora pode ser que seja o lado errado
Cena do cotidiano
De puta do lugar comum
Ver e a dor governa a dor
Preso ao dente pré feito por um
Ir de cabra ao cobra dá de sobra muita prata
Mede-se o comício pelo privilegiado
Se prende, um man diz solta e não há quem o combata
Ode à brecha que traz benefício ao julgado
Moro num país que leva o povo ao mata mata
E o pobre garotinho se sufoca num quadrado
O zelo em torno deles ganha forma caricata
Há muito tornozelo para ser monitorado
Cena do cotidiano
De puta do lugar comum
Ver e a dor governa a dor
Preso ao dente pré feito por um
Comentários que afligem
O conservadorismo anuncia que o sinistro voltará
Ao modo acorrentado imposto na origem
Adjetivo esse, dado pelos próprios que controlam e dirigem
O caos manipulado que atenua a liberdade e acentua a vertigem
E os seguidores, que de todos os cantos desorientados erigem
Despreocupados com o fogo, a fumaça e a fuligem
Deixam de lado a reflexão sobre o ódio que redigem
Porém, com o coração na cabeça
E sempre atento aos cuidados que os desfavorecidos exigem
Acreditamos no bem
Na ação em que a compaixão prevaleça
E que a empatia se mantenha virgem