O meu nome é virgulino o apelido é 'lampião'
Desço a faca e meto bala iluminando o sertão
Vou matar até morrer foi pra isso que nasci
Pra furar esses macacos e libertar o cariri
Tenho fama de assassino, de mocinho e salvador
Mais tudo o que faço é pra curar a minha dor
Vi meus pais caírem mortos mesmo sendo inocentes
Vou curando essa ferida sangrando toda essa gente
Fui criado no cangaço a violência foi minha escola
E se faço o que faço é pra não pedir esmola
Numa dessas empreitadas conheci maria déa
Foi a vontade de deus que ela fosse minha mulher
E só por ela que eu vivo e só ela tem meu respeito
Pra ela dou o meu afeto pros outros bala no peito
Vou vivendo cada dia e a cada dia morro um pouco
Só nos braços de maria é que não ajo feito louco
Quando olho nos teus olhos esqueço o meu passado
Ainda menino-criança vendo o mundo despedaçado
O meu nome é virgulino o apelido é 'lampião'
Tenho fama de bandido mais sou rei nesse sertão
Vou matar até morrer esse é o meu destino
Minha cabeça vale prêmio nesse sertão nordestino
Querem por numa bandeja pra provar o seu poder
Mais se esquecem que eles mesmos me fizeram acontecer