O meu cabelo já começa pratiando
Mas a sanfona ainda não desafinou
A minha voz vocês reparem eu cantando
Que é a mesma voz de quando meu reinado começou
Modéstia à parte é que eu não desafino
Desde o tempo de menino
Em exu no meu sertão
Cantava solto que nem cigarra vadia
E é por isso que hoje em dia
Ainda sou o rei do baião
Eu agradeço ao povo brasileiro
Norte centro sul inteiro
Onde reinou o baião
Se eu merecí minha coroa de rei
Esta sempre eu honrei
Foi a minha obrigação
Minha sanfona minha voz o meu baião
Este meu chapéu de couro e também o meu gibão
Vou juntar tudo dar de presente ao museu
É a hora do adeus
De luiz rei do baião