Eu ando sob o sol
O suor cega minha vista, embaça
Meu teto é o céu
Eu ligo retas entre as estrelas
A minha sorte vem com o vento
A areia é o fardo dos meus pés
Eu tenho um maço de amigos no bolso
Eu os trago um a um
O mundo todo é meu
Toda sombra me abraça
O mundo todo é meu
Toda sombra me abraçará
Eu ando sobre o sol
O suor seca minha pele, encrosta
Meu teto é marquise
Eu sigo reto entre avenidas
A minha sorte virou lamento
O concreto é o fardo dos meus pés
Eu tenho calos de asfalto quente
A cidade me resume a mais um
O mundo nunca foi meu
Toda sobra me abraça
O mundo nunca foi meu
Toda sobra me abraçará
O mundo todo é meu
Toda sombra me abraça
O mundo todo é meu
Toda sombra me abraçará
O mundo nunca foi meu
Toda sobra me abraça
O mundo nunca foi meu
Toda sobra me abraçará