A verdade não é absoluta
Tolo é quem só um viés considera
Um levante em prol de quem reluta
E treina além-revés e molda a fera
Reencarnará
No que outrora era humano
Por ora pleno irá eternizar
O que se tivera como profano
Nessa era, terreno irá divinizar
Enquanto não for desperto, enquanto ele te habita
O mundo aguarda inerte, incauto, então hesita
Eis que seja, então, liberto dessa estranha cercania
Adverte o arauto: eis finda a humana hegemonia
Sekhmet, Maat, Maahes, Sobek
Horus, Isis, Thot, Bastet, Anubis
Luna, Osiris, Yamada, Vincent, Ra
A viagem já está resoluta
Esta é a medida que se impera
Um réquiem aos que em brava luta
Partem em prol do que o futuro espera
Procurará
Seja em tempos distantes o artefato divino
Ou em pontos equidistantes, será que irão encontrar?
Estando o mundo sujeito a este ultimato destino
O amanhã é suspeito, será que irão triunfar?
Enquanto o tempo escorre às margens das avarias
Sucumbem palácios, templos e honrarias
Eis que nesse caos ocorre um faiscar de utopia
Presságios não são exemplos de distopia
Em meio à tênue esperança (os convencerá)
Em meio a tanta desconfiança (os reunirá)
Entre deidades e alegorias (mesmo que hesitem)
Entre cidades ou feitorias
Ó fadado, fulgente, ó paladino (encarem tua missão)
Encarnem, encontrem, ó peregrinos (busquem tua remissão)
No passado, presente, futuro (o tempo é relativo)
Desvelem, debelem o escuro (cumpram teu objetivo)
Acreditará
Enquanto inclusos seguem nessa saga pela existência
A Terra pende e a vida clama em decadência
Eis que então conclusos restem nessa mística apoteose
Acende uma chama em mítica simbiose
Sekhmet, Maat, Maahes, Sobek
Horus, Isis, Thot, Bastet, Anubis
Luna, Osiris, Yamada, Vincent, Ra