Vai tremer, o chão vai tremer
É nó na madeira, segura que eu quero ver
Coisa de pele, batuk ancestral
Lá vem a sinfonia imperial
Bateu mais forte o coração
Tocou, senti a vibração
Da África, ressoou
A batucada que se espalha nesse chão
Lua clareia na aldeia, celebração
É dom de comunicação
Em cada cultura entoa rituais
Cura em devoção, magia dos sinais
É festa é kizomba, no toque pra zumbi
Firma o ponto na gira não deixa cair
Na ginga do corpo
Na batida do pé, axé, axé!
Eleva a alma, o canto e a dança
Unindo as raças na fé e na esperança bis
Ecoou
O som divino do folclore popular
Batam palmas o cortejo vai passar
É o fervo que desce a ladeira
O batuque levanta poeira capoeira
Dita moda, faz inclusão
Recria uma nação guerreira
Batuqueiro, arrasta multidões
Nos blocos e cordões
Do jongo aos salões
Conquistou a nobreza, fez sua realeza
O primeiro império da corte do samba
Meu império celeiro de bambas