Tudo eu quis
Tua boca, teu bolero negro, teu olhar feliz
Eu quis viver
Cantando em tua orquestra de cristal
Igual sinto as curvas da tua paisagem
Entre minhas mãos
E em tuas mãos
Um pássaro sem nome vai cantando sob a luz
Por quantos versos vou te amar
Não sei agarrei
Teus cabelos de realidade pra não mais sonhar
Eu quis cantar
Mentiras com palavras sem razão
Chorar
O poema da nossa saudade
Entre os coqueirais
Não quero mais
Teu verso de bolero me esqueceu na solidão
Eu te perdi em minhas mãos
Talvez