Desse irrigando a terra
botando em cada fruto o seu sabor
mata a sede de quem sonhar
pintando e dando cheiro a cada flor
manjá para visão do sertanejo
suor da natureza, mãe dos rios
sorriso pra boca de quem plantar
alivio para a dor dos desafios
Chuva que lava e cura mágoas
que esse rio deságua na cacimba do amor
Parteira dos duendes e das fadas
comadre das sementes, sangue pra raiz
seu cheiro denucia a saudade
meus “oim” as “vez” chora de feliz
porteira aberta para euforia
princesa para o reino da folhagem
tirana pro quintais da covardia
humanamente cega pra clonagem