E os mortos já falam mais
E os vivos não vivem mais jamais
As portas são penas de cortes penais
Cortinas de ferro no laço a mais
A mais somos santos detrás das cortinas
Tantas amarguras pra um só coração
Vivemos de anúncios charadas e cortes
Cortados de facas profundos punhais
Os gritos calados e a dor penetrante
E as vestes dos nobres cobrindo chacais
Se abrirmos as bocas das portas proibidas
Achamos comidas pra fome matar
Mas nunca abriremos cortinas de ferro
Pois nossos problemas são "pra" toda a vida
E a carne sumida sumiu nada mais