O telecoteco me convidou
Pr'eu tocar no seu boteco
Fica na estrada da mão grande
Lá mora um truta meu o véio dedo quieto
Que me chegou todo \"cheio de dedo\"...
Tremendo de medo: \"'cê' vai no telecoteco!?
Fica esperto que naquele boteco
De vez em sempre 'sobra uns teco!'\"
Tamanha periculosidade
Não vi em nenhum outro lugar
Sou malandro da antiga
Mas o frio na barriga
Não pude evitar
Uma \"pá\" de balas ensandecidas
Perdidas querendo se achar
Disseram que na estrada da mão grande
Dedo duro e dedo mole sempre vão se esbarrar!
Por uma questão de amor à vida
Passagem só de ida é bom evitar
Lá o capeta perdeu espaço
Aparece no pedaço, mas só pra despachar!
Traz um trezoitão embaixo do braço
Embrulhado num chumaço pra desbaratinar
Vê vagabundo aperta o passo de tanto cagaço que ele tem daquele lugar
O pior é que tá tudo certo
No mês que vem eu volto lá
No aniversário do caveira
O cachê tá na carteira eu não posso pisar!
Vou em respeito aos bambas
Verdadeiro malandro não se abala
Mas só posso ser acompanhado nesse samba
Pelo grupo colete à prova de balas!