No tempo dos bois
Zunia a almanjarra, cigarra
gritava a moenda de pau
no tempo dos bois
rugiam os carreiros, sua tez
no pêlo do canavial
o vento ainda canta a doce melodia
que um carro rangia cocões e cocais
e a mão da lembrança breve acaricia
punhado de dias que não voltam
ruiram mansões e taperas
coqueiros morões e cancelas
e a mente pintou de aquarelas
na tela do tempo