Deusa desnuda encarnada,
Fantasia exorcizada profana o carnaval,
Faça o desejo sagrado,
Legitima o pecado, destitui com a moral.
Uma oração mundana, mais um fiel perdido,
Caminha sem destino , a salvação no limbo.
Tá no templo da luxúria,
Fogo ardendo, carne crua pulsa cega de paixão
Tá no fruto proibido,
No querer, no fanatismo e na própria tentação
Libido à flor da pele, instinto primitivo
Entregue, possuído, império dos sentidos
Virá despida num andor
Sem culpa, sem pudor,
Em procissão pagã
Será de dor e de prazer
Viver o inferno e céu
De sacrifícios vãos