Video A Historia Do Rodolfinho de Pedrinho Raps 2024 Lyrics Lyrics

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Pedrinho Raps - A Historia Do Rodolfinho Lyrics


A história se inicia em uma rua de São Paulo
Quando a jovem Dona Rose conheceu o Seu Romário
Os jovens se casaram e Dona Rose engravidou
Aos 23 de idade já tinha em braços seu? amor?
No ano de 83 deu a luz a um menino
Robson era seu nome, que alegria primeiro filho
O menino foi crescendo, e desnutrido ele era
Magro como um galho, lambia as podres tigelas
No ano de 85 algo novo aconteceu
Dona Rose engravidou e o Rodolfinho nasceu

Você que preferiu o mundo de malandro
te demos tanto amor e você jogou no canto
E agora onde está? Na morte, no conforto
descanse em paz menino
de olhos azuis e cabelos loiros

O menino era lindo, alemão de olho azul
Mas como seu irmão, não tinha leite nem chuchu
3 meses após o parto, Seu Romário deu abandono
Disse que iria trabalhar e de lá não teve retorno
E agora aquela mãe com 25 anos
sozinha nesse mundo com 2 filhos no colo
E conseguiu um barraco velho e sujo de madeira
Onde podia morar com seus filhos
e chorar a noite inteira
Conseguiu um emprego de faxina numa casa
Levava os filhos consigo para a jornada
Os meninos sem entender observavam a situação
Não entendiam o por que do sofrimento e podridão

Você que preferiu o mundo de malandro
te demos tanto amor e você jogou no canto
E agora onde está... na morte, no conforto
descanse em paz menino de olhos azuis e cabelos loiros

O tempo foi passando e os meninos só crescendo
Não iam mais pro trampo naquela casa de sofrimento
Sua mãe saía cedo apressada pro trabalho
Deixava os dois na escola com o coração apertado
Mas só pela manhã os dois estavam seguros
De tarde ficavam na rua em perigo, em apuros
Rodolfinho já tinha um bom talento pro futebol
Jogava como ninguém, corria a luz do sol
Apaixonado por motos desde pequeno
Mesmo daquele tamanho, queria as grandes veneno
O loirinho era esperto, tudo queria experimentar
Com 8 anos de idade, a maconha quis provar
E provou, gostou, amou, devorou o bagulho
Usava todo dia e viajava no absurdo
Não demorou muito pra também provar a cocaína
Cheirava como um louco, mó adrenalina
Agora bem drogado, tinha coragem pra tudo
Roubava, matava, esfaqueava no escuro
Sua mãe desesperada, sem ter o que fazer
Só chorava pelos cantos, com medo do filho morrer

Você que preferiu o mundo de malandro
te demos tanto amor e você jogou no canto
E agora onde está... na morte, no conforto
descanse em paz menino de olhos azuis e cabelos loiros
Com 9 anos de idade conheceu uma garota
Seu nome era Cristina, uma patricinha de Masmorra
E por que ali estava uma menina daquelas?
Naquela merda que todos chamavam de favela
O negócio era simples, seus pais haviam morrido
Ficou aos cuidados do avô doente e empobrecido
Rodolfinho decidiu com ela fazer amizade
Brincavam todos os dias por aquela malandragem
O tempo foi se passando e a inocência acabou
Os dois já namoravam e a menina engravidou
Aos 12 anos de idade a menina com barrigão
Rodolfinho com a mesma idade perdido, mó vacilão
Pediu pra abortar, o pedido não foi aceito
Decidiram contar á todos, o desespero veio em peso
Sua mãe desesperada deu a casa para os dois
Foi morar com sua irmã
e com seu filho mais velho no Cois
A menina decidiu contar a seu avô
e o velho já doente morreu com o caaô
O menino foi aceito, Paulo Matheus era seu nome
Herdeiro do pequeno malandro, não passava fome
Rodolfinho mesmo novo já era traficante
Mais psico da quebrada, matava no seu tatame
Vendia suas drogas mais que qualquer um ali
Enriquecia mais e mais e tinha tudo o que sempre quis

Você que preferiu o mundo de malandro
te demos tanto amor e você jogou no canto
E agora onde está... na morte, no conforto
descanse em paz menino de olhos azuis e cabelos loiros

Com 13 anos de idade veio a triste notícia
Seu irmão Robson morreu de ataque-cardíaco
O choro veio a tona, as lembranças também
Seu irmão, seu companheiro desde que era um neném
Sua mãe já doente com a perda do filho
Ficou de cama só chorando pra sempre nesse delírio
Rodolfinho que já era o mais temido por ali
Depois dessa revolta, se jogou no mundo horrível
E um ano se passou, agora já com 14
Engravidou novamente Cristina na 12
Com um filho de 2, e uma namorada desesperada
Rodolfinho se viu de novo numa cilada
Decidiram ter o filho, nasceu Pietro Henrique
Menino que não veio com sucesso pra equipe
Não tinha o que fazer, os dois estavam em enrascada
E tudo o que Rodolfinho sabia fazer era dar uma tragada
Dava voltas sem parar com a sua 1100
Caía toda hora, cheirava como ninguém
Ficava louco toda hora, só queria vender droga
Batia em Cristina e em seus filhos toda hora

Você que preferiu o mundo de malandro
te demos tanto amor e você jogou no canto
E agora onde está
na morte, no conforto
descanse em paz menino de olhos azuis e cabelos loiros

Mais dois anos se passaram, agora com 16
Rodolfinho engravidou Cristina mais uma vez
Dessa vez ficou nervoso, ele não aguentava mais
Bateu na barriga da menina e sem mais
A menina gritou, Rofoldinho obedeceu
Decidiram ter o filho, mais um, nem procedeu
Mais um menino nasceu, seu nome Pedro Lucas
Com um filho de 4 e um de 2 lá na garupa
Decidiu então que os filhos iriam ajudar
Pegou Paulo Matheus, o mais velho pra trabalhar
E com 4 anos de idade o menino vendia droga
Contra a vontade da mãe e a favor do pai das drogas
Se não vendia apanhava, se vendia mesmo assim
Rodolfinho era louco, só queria seu pózim
A coitada da Cristina teve que ir pra outro trabalho
Se prostituía na esquina da rua do seu Frangalho
Conseguia um dinheiro e com ele comprava fraldas
Tudo porque o dinheiro do pai ia pra nada
O tempo passou mais, Rodolfinho com 21
Seus meninos com 9, 7 e 5 vendiam drogas no Grutum
Estudavam bem pouquinho
só tinham tempo pro trabalho
O mais novo Pedro Lucas tinha talento pro outro lado
Só com 5 aninhos já roubava as lojinhas
usava drogas todo dia e seu pai ainda ria
Era o mais parecido e exemplo pra Rodolfinho
Fazia tudo o que seu pai fazia quando menino
Seus irmãos já cansados daquela situação
Imploravam para o pai por um pouco de pão

Você que preferiu o mundo de malandro
te demos tanto amor e você jogou no canto
E agora onde está... na morte, no conforto
descanse em paz menino de olhos azuis e cabelos loiros

E o tempo foi passando, Rodolfinho era temido
Não era um bom exemplo pra esposa e pros 3 filhos
E o seu filho do meio, o jovem Pietro
Implorou pra namorada por um filho no momento
A menina engravidou e Pietro foi embora
Formou a sua família em outra casa agora
Teve seu filho Vinícius, menino de olhos azuis
Puxou para o avô, moço lindo de Buzuis
Rodolfinho com 28 agora já era avô
Continuava traficando e cheirando como um robô
Loiro lindo, alucinado, psicopata de olhos azuis
Sua mãe ainda chorava, doente em Buzuis
Cristina não ia embora porque não tinha pra onde ir
Queira pegar os 2 filhos e ir pra longe dali
Pedro Lucas só com 12 já era bom um ladrão
Traficante bem temido, menino bem boladão
Paulo Matheus só com 16 odiava o que fazia
Vendia drogas para o sustento de sua família
E dois anos se passaram Pietro teve mais filhos
Agora um casal de gêmeos meu que vacilo
Só com 15 anos, já pra fazer 16
Era pai de 3 filhos, lembrou Rodolfinho mais uma vez
As crianças eram lindas, Victor Hugo e Vanessa
O menino era loiro de olho azul, que coincidência
Só o tempo pra mostrar o por que da aparência
O pequeno Victor Hugo era bagunceiro e de ladroeira
Com apenas 1 aninho já lembrava seu avô
E todos já diziam, é o herdeiro do terror
Neto preferido de Rodolfinho ele era
Se via ainda criança naquela graça de cabeça amarela
Pedro Lucas com 14 agora era diferente
Cursava a 5º série, sua mãe ficou contente
Não queria mais roubar, matar ou destruir
Só vendia drogas para seu pai não lhe punir
Sonhava em ir embora daquela situação
E levar consigo a sua mãe e o seu irmão
E Rodolfinho era o único que não havia mudado
Seus filhos já formados e ele despedaçado
Só queria saber de drogas e de matança
E sua mãe ainda doente chorava com as lembranças

Você que preferiu o mundo de malandro
te demos tanto amor e você jogou no canto
E agora onde está... na morte, no conforto
descanse em paz menino de olhos azuis e cabelos loiros

Com 30 anos de idade, ainda um homem bonito
Morava no barraco velho com mulher e os 2 filhos
Sua esposa prostituta porque não tinha opção
Seus filhos vendendo drogas com medo da punição
Seu filho do meio com 16 e família formada
Já era experiente, trabalhava e estudava
E Rodolfinho ali se entregando pra cocaína
Destruindo cada vez mais sua família e auto estima
Saía todos os dias por volta das 18: 00 horas
Dava seus rolês de motos com os trafica toda hora
Dava grau, cheirava, bebia e fumava
O sorriso encantador se escondia na fumaça
Chegava em casa por volta das 08: 00 da manhã
Os filhos na escola e a esposa no banho
Deitava e dormia acordava á 13: 00 hora
Os filhos já em casa na rua vendendo droga
Rodolfinho saía e andava de moto
Aquela era a vida? feliz? do loiro louco

Você que preferiu o mundo de malandro
te demos tanto amor e você jogou no canto
E agora onde está... na morte, no conforto
descanse em paz menino, de olhos azuis e cabelos loiros

E em um dia inesperado Rodolfinho seguiu a rotina
Saiu as 18: 00 da tarde se despediu da família
Pegou a sua moto e foi encontrar os amigos
Mas só que chegando lá o que viu foi mó vacilo
Os traficantes do rival, Vinicius era seu nome
Seu concorrente de drogas esperando com fome
Era fome de morte, fome de vingança
Pela vergonha que Rodolfinho lhe deu quando criança
E nem deixou o loiro poder se explicar
Já lançou uns 15 tiros sem medo de matar
E fugiu deixou ali um corpo de um menino
Que inocente foi um dia e agora já no termino
No velório Cristina chorava inconformada
Apesar do que sofria, amava seu camarada
Os filhos choravam, amavam o pai apesar de tudo
Porque quando não estava drogado
era um pai presente e tudo
Pietro chorava, pediu perdão ao seu pai
Desejou só descanso e nada sem mais
Colocou os 3 filhos perto do corpo
O mais velho sem entender chorou com medo do morto
A menina se assustou e chorou como o irmão
Mais Victor Hugo, o herdeiro do terror
sorriu sem dar razão
Ele sabia que seu avô havia sido um grande homem
E que um dia o honraria lembrando do seu nome
E sua mãe? Sua amiga de corrida a vida inteira
Dona Rose chorava desesperada pela perda
Depois do enterro, ficou em casa
relembrando de seus filhos ainda pequenos em seu colo
só que chorando
Robson o mais velho correndo empinando pipa
Rodolfinho, loiro de olhos azuis, menino de alegria
Lembrou de seus filhos rindo das palhaçadas
Que sua mãe tentava fazer pra alegrá-los naquela garra
E lembrou do mais novo crescendo e se tornando
Um menino do mal, mas que pra ela ainda era um anjo
Pra ela, ele sempre será seu menininho
Um garoto inocente que não teve culpa do destino
Perdeu seus filhos em mortes sem despedidas
Robson doente foi embora na vida sofrida
E seu mais novo que pra ela sempre será
um menino de luz
Olhou para o céu e gritou
Adeus Rodolfo de Souza Cruz

Você que preferiu o mundo de malandro
te demos tanto amor e você jogou no canto
E agora onde está... na morte, no conforto
descanse em paz menino de olhos azuis e cabelos loiros

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