No sacolejo do navio
Que cheguei aqui
Meio vivo, meio morto
Foi o que eu senti
O meu corpo lá jogado
Na beira do porto
Meio vivo, meio morto
Mas não desisti
Pois quem nasceu
Pra ser guerreiro
Não aceita cativeiro
Por isso eu decidi
Enquanto o eco dos tambores
Ressoa nos ares
Correndo na mata virgem
Vou fundar palmares.
A sua chibata
Por mais que me bata
O meu corpo maltrata
Eu vou resistir
A sua chibata
Por mais que me bata
Se não me mata
Eu torno a fugir
Ô nego, olê
Olê, Zumbi
Ô nego olê
Capitão do mato vem aí.