Sei que nem vais tentar entender,
Ouvir um “mas” que eu possa dizer,
Sei que nem vais olhar-me sequer,
ver quem eu sou…
Mesmo se grito ao longe,
E te perco enquanto foges,
Acabo aqui sentado do lado de cá…
Sei que não vais conseguir ver,
Sou o que não tem mais a perder…
Sei que nem vais compreender,
Sou o que não se importa
de ficar à porta em vão…
E o dia virá, sei que devagar,
Será um só e pronto a escapar,
Passas por mim, ou finges que sim,
Prendo-te ali…
E quando estiveres bem perto,
E te toco em jeito incerto,
Faço de ti um outro pedaço de mim…
Sei que não vais conseguir ver,
Sou o que não tem mais a perder…
Sei que nem vais compreender,
Sou o que não se importa de ficar
à porta em vão…