Graças a Deus, tenho sofrido tanto
Com a sorte que Deus me deu
Nesse mundo ninguém sofre como eu.
Também ninguém fez o que eu fiz
Eu fui covarde ao mandar embora
A criatura que me fez feliz.
Me deu carinho e eu lhe dei o desprezo
Agora vejo minha vida amargurada
Quantas noites eu durmo na calçada
Embora a Deus eu peço que me de calma.
Sofro calado o castigo que vier
Se eu quiser salvar a minha calma.
Lentamente a brisa passeava
Congelando o meu corpo cansado
De sereno o meu rosto molhado
Quando vi nos tristes dias meus
Venha de pressa, vem me perdoar
E entregar a minha alma para Deus.