As grades que me cercam
assim me deixam em casa,
dão alívio e proteção...
faz banal minha prisão.
Faço parte da rotina...
não me sinto só,
só assim que sinto
o silêncio a paz.
Parte da evolução...
tantas pessoas,
tantos passos
e destinos estranhos.
Desconhecido fato,
fatal solidão a que se sente
quando não se está sozinho,
procurando uma saída,
um caminho...
Quebro as grades do destino!
Dou liberdade ao homem
volto a ser menino...
que não sabe
o que se passa
fora do jardim,
antes das grades do futuro.
Sem medo das pessoas
do pesadelo da solidão,
do sonho se faz contente,
brincando o viver presente...
sem desvios de conduta,
sem ter hora de voltar pra casa!