Eu gosto tanto de fazer um rap raro é claro, repique,
pandeiro, cavaco vitrola no talo.
O dedo no estralo, no rap não paro, é o cão do Santo
Amaro.
Rael da Rima rema rumo rap samba, foi minha mãe que me
falou vai lá, vai lá.
A banca chega na área e chuta, a base é curta mais eu
tenho uns truta.
Que complementa, que arrebenta a casa cai, mais dá
licença vai, sai, sai, sai.
Sai, abre alas!
me dá o mic, não me barre que eu quero passar.
Se o destaque, não vem eu vou buscar, tic tac, tac,
tac no hip hop sound style.
Vou rimar, conquistar o lado de lá, infiltrar no seu
campo e pegar o que não quer me dar.
Antes que me cate, me barre, eu entro no embarque,
avisando compadre, que eu não vou parar.
Abre alas, sai da minha frente que eu quero passar,
Tic, tac, tac, tac a banca chega na área!
Meu respeito aos verdadeiros partideiros de volta as
origens, somos herdeiros dos bambas que hoje
resistem.
Nossos ancestrais, elos culturais fortificam, fica
tudo certo, certo? Se identifique.
Quem sabe faz a arte e isso não se discute, não por
vaidade os propósitos nos unem.
Desfrute a consciência que a ciência não explica,
aplica em sua vida as diferenças que implicam.
Ao abrir as portas, perceptivas, uma mente aberta,
firme e reflexiva.
Seis membros, abram alas, um dj, batida e base, cinco
faces, segunda parte, rap music, black inside.
Hip hop my life no baile, rap, samba, rock style, tic
tac, tac, tac! Imagine nós, latinos na capa da vibe.
De SP à Buenos Aires, mais que tudo, mais que nada, na
tática, mágica da dramática, abre alas!
Pratica da sátira no espetáculo da terra, o samba tá
animado, abram alas, sai da reta.
Laço de fita amarela, maculelê, capoeira, samba de
preto-tô em terras estrangeiras.
Um misto de maracatu manipulando seu cérebro, versos
inéditos de som real estéreo.
E você samba de que lado, de que lado você quer
sambar?
Sai da minha frente que eu quero passar.
Informação e qualidade de primeira, subi, sambei,
rimei no morro da mangueira.
Minha rima parte, quando o abre se alas parte, você só
percebe quando se olha no espelho e ele se parte.
Ouvindo o som do relógio. Tic tac, tac, tac!
A trilha sonora Pentágono, M-sário. Cheque mate,
mate!
Se for preciso eu canto rap até onde o Judas perdeu as
botas,
E vou driblando os adversários como Mané Garrincha e
as pernas tortas.
E todo mundo vai sambar, vai cair na roda, se o
partideiro vacilar os Mc's aqui é foda.
Abre alas, sai da minha frente que eu quero passar,
Tic, tac, tac, tac a banca chega na área!