Quando a cabrocha descia,
Do morro para a cidade,
Na cidade amanhecia,
E enquanto o morro sofria,
De desespero e saudade,
Aí , como a cidade sorria.
Um dia , um dia esperei-a,
Esperei-a de alma cheia,
De sofrimentos mortais,
Desceu a noite sombria,
Ela não veio neste dia,
E não voltou nunca mais.
No meu barraco sem ela,
Mora a noite na janela,
A noite , a saudade e eu,
Na cidade é sempre dia,
Na minha casa vazia,
Nunca mais amanheceu,
Nunca mais amanheceu.