Pego a viola pra cantar os meus versinhos
Eu tão sozinho no terreiro a soluçar
Lá na montanha bate a lua no ranchinho
Eu soluço no meu pinho a canção deste luar
Vem o luar modificando a natureza
Me dá tristeza vendo a cachoeira zuar
A lua bate iluminando a correnteza
Os meus olhos sem firmeza já cansados de chorar
A esperança que me resta é tão pouca
Que sorte louca de quem vive a esperar
Cai o sereno esfriando a voz tão rouca
Eu me lembro da cabocla que tanto me fez penar
Já não suporto as saudades de você
Vivo a sofrer esta grande ingratidão
Volte querida, eu te espero meu amor
Eu não posso compreender a nossa separação