Verso 1
Eu sou Frederich Nietzsche
Enlouqueci por todos nós
Então preste atenção
E escute minha voz
Da escola de guerra da vida
Aquilo que não me destrói
Me fortalece
Então, fica esperto playboy
Torna-te quem tu és
Deixa de ser muleke
Eu sou uma coisa
A outra é meu o rap
Por que escrevo tao bem?
Verdade é o que lhe convém
Eu já nasci póstumo
Ecce homo, amém
Deslocou perspectiva
Inverteu o tradicional
Sempre com a mente ativa
Tinha um saber fatal
Contraditório, brilhante
De berço protestante
Foi do caos que concedeu
A estrela cintilante
Mal interpretado, criticado
Nitzsche é meu amigo
Se mexeu com ele
Então mexeu comigo
Desprendo do produto
Da cultura decadente
Estado que pensa em si
Forma homem obediente
Escraviza o pensamento
Impedindo o progresso
Pessimismo, cristianismo
Tudo isso eu desprezo
Wagner era parceiro
Mas se rendeu pra esse lado
Schoppenheur foi o mestre
Mas sempre esteve errado
Será o Homem um erro de Deus
Ou Deus um erro dos Homens?
Se Deus eh a resposta
Então, qual foi a pergunta?
Acha que isso é uma ofensa?
Então pergunta pro sunda
Ou pega a sua crença
E enfia na sua
De nós mesmos
Somos desconhecidos
O que nós fazemos
Nunca é compreendido
Apenas elogiado ou condenado
O mundo tá perdido
Onde está o dionisíaco
Que sócrates matou
Assim nasceu a tragédia
Que se perpetuou
Onde tá o equilíbrio
Neguin tá de caô
Sem medo do exagero
Pensamento desafiador
Se foi o homem que criou
Por que transcende o seu valor?
Que é
Refrão
Humano, demasiado humano
O nietzsche é meu mano
Além do homem
Julgado insano
Um fato, o padre é um chato
Irmão é o piruvato
A sua divindade
Eu mato
Humano, demasiado humano
O nietzsche é meu mano
Sem música a vida seria engano
Um fato, o padre é um chato
Irmão é o piruvato
A sua divindade
Eu mato
Verso 2
Loucura no amor
E razão na loucura
Se tivesse explicação
Não seria uma loucura
Loucura no grupo é regra
No indivíduo é excessão
Nitzcshe ninguém segura
Daquele jeito trutão
Será niilista ou não?
Transvalorização
Dos valores boladão
Amor fatte, superação
Fraqueza através da vontade
De ter estabilidade
A fé é querer ignorar
Tudo aquilo que é verdade
Superfície não revela
Dimensão da existência
O mundo vive de aparência
Desespero pela autoconsciência
Vontade de potência
Além do bem e do mal
Eterno retorno
Seletivo, desigual
Pro forte o fraco é ruim
Pro fraco o forte é mau
Sentiu a piedade
E o lobo se deu mal
Virou ovelha de rebanho
Genealogia da moral
Boto chifre de gado no povo
Paga pau
Rendição da cultura
A lógica do mercado
Aos estratagemas
De um sistema fundado
Na mesmisse e no lucro
Da indústria fonográfica
Mas que música de merda
Que coisa trágica
Como é possível
Que não tenham se cansado
Desse estímulo monótono
De um ritmo parado
Empobrecimento musical
Fenômeno de massa
Via internet
Alastrando a desgraça
Nada mais hipócrita
Eliminar a hipocrisia
Nietzsche cantando rap
Não se ve todo dia