Hoje ao revirar em volta dos meus poros
Achei você guardada debaixo do meu colchão
E a certeza de que tinha saído
E a certeza de que tinha levado emprestado ou roubado os meus discos
Me deixando faminto
Agora eu tenho a solução
Eu vou usar a janela
Eu vou usar a janela
As minhas asas estão mais firmes
Eu já tô quase curado da gripe
Quando acabar as chuvas de verão
Daqui de cima a vista é muito louca
Eu nunca mais quero ver você tão séria
Mas se colar eu te levo comigo na boa
Eu quero ver você sorrindo à toa
Bem vinda a minha janela
Bem vinda a minha janela
Meus sonhos nem sempre são coloridos
Por isso quero você sempre comigo
Como cor ativa a óleo, como curativo
Em telas de algodão
Meus sonhos, nem sempre são coloridos