Eu vejo mãos estendidas por todos os cantos
Eu vejo olhos que piscam, e não mudam de direção
E a fome estacionada nos bares
E a sede distribuida nos monjes
Eu vejo a garganta que espera, para dar a palavra final
E traga a fumaça de nossa hera
Para criar um juizo formal
Um juizo anormal
REFRÃO
Então não me venha falar
De certo ou errado
Não me venha falar dos outros
Ou dizer que sou alienado
Se essa história tem final
Os martires serão calados
Porque a vida fala mais alto
Por todos de todos os lados
Eu vejo o avião que decola
Que leva seus sonhos embora
E vejo as pessoas que ficam
Vivendo em seus sonhos e choram
Eu vejo a gang do carro do ano
Que se acha melhor do que eu
E as favelas que crescem aos montes
Nos separamos por razões distantes
REFRÃO
Então não me venha falar
De certo ou errado
Não me venha falar dos outros
Ou dizer que sou alienado
Se essa história tem final
Os matires serão calados
Porque a vida fala mais alto
Por todos de todos os lados
Então não me venha falar
De certo ou errado
Não me venha falar dos outros
Ou dizer que sou alienado
Se essa história tem final
Os matires serão calados
Porque a vida fala mais alto
Por todos de todos os lados