Há os que lutam contra a violência
E os que choram pelos assassinatos
Sem perceber que a crueldade mais explicita
Começa em seu prato
Para os que tentam nos assegurar
Que o sangue humano não será derramado
Qual teu direito de ignorar
Tudo que morre em seu garfo?
Eles são as vitimas do seu egoísmo
E não passam de escravos de tua fome mortal
Eles são os seres sempre destituídos
Mas de que importam, isso é tão banal
Sabe quanto eu daria
Pra comprar tua carne
E comemorar
O próximo natal?
E andar de casaco
Feito com sua pele
Como se você fosse
Um animal