Com a boca seca, a voz tão fraca já não
consegue mais sair.
Barriga d'água, morta de sede, bomba
pronta pra explodir.
Num grito de silêncio, uns esperando pelo
tiro de misericórdia.
Os outros, de arma em punho, já estão
prontos pra matar ou morrer.
E o pavio de nossa paciência já está
chegando ao fim.
E o limite da tolerância agora é zero, vai
explodir.
Na, na, na, na, na, na, na, na, na paz.
Os anos passam e as promessas beiram
a eternidade.
Aumentam as estatísticas do descaso à
nossa integridade.
Fecha o tempo, fecha a cara, fecha a mão
e o sinal.
Abre o olho, que a saída é abrir a mente
e o coração.