Ilusões, são resultados do meu sacrifício
Arranhões, não é disso que eu preciso
Até onde eu vou, andando descalço
Nos meus pés não sinto mais dor,
Há um escudo entre a sola e o asfalto
Deste lado dá pra ver, vidas em porões
Ser humano comendo lixo, e o frio comendo seus pulmões
Bem cansados da inteligência de sua própria criação
Deste lado me sinto tão superior e sigo bem
Violões, uma fogueira, algum abrigo
Alucinações, pois é disso que preciso
Repartir o pão, repartir o vicio
Só tenho um colchão, que ameniza meu castigo
Mensagens de adeus, pedidos de perdão
Não assisto meu destino, necessito de compaixão
Se não tiver vou ter que pedir
Se não me der vou ter que buscar
Mesmo se isso tenha que custar a nossa vida, eu vou tirar